quarta-feira, 30 de abril de 2014

MAIO


… Fez-se então Maio o este fez o recomeço:
o princípio das coisas e o fim das dores
que sempre tiveram cura com pós de agora…
A charneca enxugou já das últimas chuvas, as ervas e flores
soltam por fim os cabelos ao vento,
gritam entre si em longas correrias.
Não que eu saiba, veja ou tivesse alguma vez sonhado, não:
sinto-o apenas e guardo segredo,
que só revelo depois, noutro Maio tão transparente como este.