domingo, 21 de junho de 2015

RAPOSA


A raposa matreira revê-se
no espelho da represa.
Ai se ela pudesse!
Ai se fosse presa!

A raposa olha atenta
a sua figura exacta,
- mas quem é que isto inventa,
que se não vive me mata?

A raposa é um preconceito
de atrevimento;
ela carrega o defeito
e nós o aproveitamento.